11 dezembro 2009

Como Eu te quero



Eu quero você, escravo meu
Desnudo, despido aos meus pés
Tire não somente as suas roupas,
mas também os seus medos, anseios e pudores
Jogue no chão o seu machismo baunilha
E entregue-se à mim sem tabús e sem reservas
Pois é assim que te quero.


Aceite as humilhações que te imponho
com um sorriso
Encare os meus xingamentos
como elogios
E os maus-tratos que te inflijo
como carinhos


Pois é quando eu te piso, que eu mais te quero
É nos momentos em que eu te espanco, que eu mais te desejo
Se eu te torturo é porque te adoro
E se eu te castigo, é porque eu verdadeiramente te quero.

01 novembro 2009

SACHER-MASOCH de Bernard Michel



“Se me ama como diz, deve assinar o texto anexo, acrescentando-lhe algumas palavras para confirmar que aceita todas as minhas condições e que dá a sua palavra de honra de ser meu escravo até o seu último suspiro. Prove que tem coragem de se tornar meu marido, meu amante – e meu cão.’ ‘(…) Dou minha palavra de honra de ser o escravo de Madame Wanda de Durajew sob suas condições e de me submeter, sem resistência, a tudo o que ela me impuser”






31 outubro 2009

Obediência mesmo?



Obediência nunca é o suficiente. A não ser que uma pessoa esteja sofrendo, como poderei ter certeza que ela está obedecendo a minha vontade ou a dela?
O poder está em infringir dor e humilhação. O poder está em rasgar mentes humanas em pedaços e colocá-las juntas novamente em novas formas escolhidas por mim...

Soneto LVII, de W. Shakespeare




"Sendo Seu escravo, que poderia eu fazer a não ser curvar-me, entre as horas e os momentos do Seu desejo? 
Eu não tenho um tempo precioso a gastar, nem serviços a fazer até que a Senhora mande. 
Nem ouso reclamar da interminável espera, enquanto eu, minha Soberana, olho o relógio por Si. 
Nem penso no amargor da Sua ausência quando disseste ao Teu servo para adeus. 
Nem ouso indagar com meus pensamentos enciumados onde podes estar ou Seus assuntos supor. 
Mas como um triste escravo, espero e nada penso. 
Fique onde está, faça outros tão felizes quanto fizeste a mim... 
Bem verdade é que o Amor é um tolo que, sob a Sua vontade, embora faça de tudo para mostrá-lo, não vislumbra o Mal."